segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Foice o Trabalho e o Martelo

Passou nas noticias que o Centro de Emprego de Montemor aconselha os jovens a emigrar, é apenas uma sugestão, os jovens são livres de aceitar ou não, dependendo das suas vidas e condições oferecidas. Consideramos que o PCP não tem a mínima moral de criticar esta decisão, pois a autarquia na sua alçada nada fez para a criação de emprego nem de qualidade de vida em Montemor, não existe emprego jovem em Montemor.

Link da notícia na TSF: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2134199

Cláudio

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Pão e (Sem) Água

Recentemente temos recebido algumas queixas de montemorenses devido ao elevado preço da água, recebemos também informações em que, por exemplo, Lisboa e Arraiolos se praticam tarifas de água bem inferiores às de Montemor. Mas como não gostamos de falar sem documentos que atestem as nossas declarações, estamos já a tratar de reunir os dados para apresentarmos aqui.



Na nossa pesquisa sobre este problema, fomos ler o artigo de João Barnabé que está na Folha de Montemor referente a Agosto de 2009, para leitura obrigatória. Concluímos que o tempo passou e tudo ficou na mesma. Iremos apresentar em breve um comparativo actual entre Montemor e alguns concelhos.

A Folha de Montemor reflecte nesta edição de Agosto, o resultado de um trabalho de investigação sobre o preço da água em municípios contíguos e com uma realidade social e geográfica semelhante à do concelho de Montemor.

Obviamente que tivemos, por razões lógicas, o município de Montemor por unidade de comparação. Almejámos envolver todos os municípios do distrito de Évora, bem como alguns concelhos vizinhos com realidades análogas e comparáveis à de Montemor.

Contudo, por questões de tempo na chegada de documentos com as tarifas da água à nossa redacção, não conseguimos incluir todas as edilidades do distrito. Assim, são comparados neste nosso estudo, os tarifários aplicados ao consumo doméstico de água nos municípios de Montemor-o-Novo [CDU], Arraiolos [CDU], Vendas Novas [CDU], Portel [PS], Vila Viçosa [CDU] (distrito de Évora), Alcácer do Sal [PS] e Coruche [PS].

Estabelecemos ainda os seguintes valores de consumo: 5 m³; 10 m³; 20 m³; 50 m³.

Deste modo, para 5 m³ de consumo mensal, os habitantes de Montemor pagam 2,65Eur., equivalentes ao preço mais elevado dos municípios analisados. Seguem-se mais dois concelhos de bastião comunista: Vila Viçosa e Vendas Novas com 2,50Eur. e 2,00Eur. de factura, respectivamente.

Sucedem-se no ranking, três edilidades PS: Portel (1,90Eur.), Coruche (1,65Eur.) e Alcácer do Sal (1,60Eur.). Arraiolos, município limítrofe a Montemor, encerra a tabela com pagamentos de 1,25Eur. por 5 m³ de consumo doméstico.

Montemor lidera igualmente a tabela do preço da água para 10 m³ de consumo mensal, com uma factura de 11 Eur. para este consumo e Vila Viçosa ocupa o segundo lugar da tabela.

Ainda assim, os Calipolenses pagam menos três euros de água por mês do que os montemorenses. Em Portel e Alcácer do Sal, são praticados preços semelhantes: 5,80 e 5,00 Eur., respectivamente.

Em Vendas Novas e Arraiolos, os tarifários estabelecidos são também idênticos: 4,60Eur. e 4,50Eur., respectivamente.

Mas, atente-se ao fosso colossal do preço da água entre Coruche e Montemor. Os Coruchenses pagam apenas 3,30 Eur. de água por 10 m³ de consumo, ou seja, menos 7,70Eur. que as gentes de Montemor.

O concelho de Montemor volta a liderar a classificação dos preços da água para 20 m³ de gasto, pagando um consumidor de Montemor, 33,20Eur..

Em Portel, paga-se menos 3,20 do que em Montemor.

Em Arraiolos, os consumidores terão de desembolsar 27Eur. pelo consumo de 20 m³. Em Vila Viçosa, pagam-se 24 Eur. pelo consumo de 20 m³.

Em Alcácer paga-se 17,20 Eur. e em Vendas Novas paga-se 14,80Eur. por 20 m³ de consumo.

Em Coruche, paga-se a água cerca de 70% mais barato do que em relação a Montemor para esta quantidade de consumo (9,80Eur.).

Num consumo de 50 m³, Montemor desaparece dos primeiros lugar do ranking. Arraiolos surge então como líder desta classificação, com uma facturação de 175Eur. para esta quantidade de consumo.

Portel assume o segundo lugar da tabela, com custos de 142,50Eur. por 50 m³ de gastos de água. Em Coruche, pagam-se 97Eur.. Em Montemor, a facturação é dez euros mais barata (87Eur.).

Em Alcácer do Sal, os preços para esta quantidade de consumo são de 72 Eur. e em Vendas Novas de 69Eur..Desta pesquisa podemos referir dois factos capitais: apesar de termos estudado áreas geográficas próximas, encontrámos preços completamente díspares; a segunda verdade prende-se com o facto de os preços da água em Montemor serem dos mais caros da região. Serão os preços praticados em Montemor convidativos à fixação populacional e à atracção de novos habitantes para o concelho?

João Barnabé


Concelhos (partido)              5 m3       10 m3       20 m3       50 m3
Montemor o Novo   CDU     2,65 €    11,00 €     33,20 €     87,00 €
Vila Viçosa              CDU     2,50 €     8,00 €      24,00 €     128,50 €
Portel                       PS       1,90 €     5,80 €      30,00 €     142,50 €
Alcácer do Sal         PS        1,60 €     5,00 €      17,20 €     72,00 €
Vendas Novas         CDU     2,00 €     4,60 €      14,80 €     69,00 €
Arraiolos                 CDU      1,25 €     4,50 €      27,00 €    175,00 €
Coruche                  PS          1,65 €     3,30 €      9,80 €      97,00 €

Cláudio

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mistérios do Além - tejo

Como se trocam as janelas do Curvo Semedo e se pinta a fachada e dois anos depois o tecto cai. O poder do além - ções.

Em 2010 foram gastos 31.446,89 € em Trabalhos de Beneficiação/Manutenção do Cine Teatro Curvo Semedo e mesmo assim o tecto caiu... http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=200266&lk=srch

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pedras no Sapato

Recentemente arrancou em Montemor o projecto “Montemor Pedra a Pedra” que visa a reabilitação da zona história da nossa cidade. É inegável que o centro histórico e a cidade necessitam de ser preservados e conservados, é a casa de todos nós e gostaríamos de a ver arranjada, limpa e bonita. No entanto será que este é o momento de arrancar com tamanhas obras? Vivemos uma crise sem precedentes, atravessamos todos momentos muito difíceis e porventura poderá ainda piorar.

Montemor durante anos viu nascer obras que não eram prioritárias (piscinas cobertas, etc) e não se investiu na reabilitação do Rossio ou na ETAR.

Acho que ninguém se opõe às obras da reabilitação do Rossio, mas no que toca ao Quebra-Costas e à Rua Condessa de Valença o caso muda de figura. Destruir de tamanha maneira património histórico edificado pelos nossos antepassados é vergonhoso, quem nunca subiu o Quebra-Costas? Concordo que seja preservado, mas como está actualmente, é um tamanho crime o que está projectado realizar, o mesmo se passa em relação à Rua Condessa de Valença, que deveria manter os moldes actuais, é assim que se conserva o passado e a ‘mística’ que todos nós gostamos.

Lendo a Folha de Montemor do presente mês, em especial as declarações do nosso presidente de Câmara, vê-se que existe um sentimento de orgulho e de provas dadas. No entanto não posso deixar de reparar na demagogia existente, valoriza-se das obras do quartel dos Bombeiros… Quem não se lembra do cartaz que existia perto do antigo matadouro em que dizia que o governo não dava dinheiro para as obras do quartel? Que foi prontamente retirado um pouco antes do arranque das obras… Tudo serve para ser do contra. Nas mesmas declarações, o nosso presidente refere que é com estas obras que se consegue rejuvenescer a população e contrariar a desertificação… Quem disse a estes senhores que é com obras que se consegue fixação de população? Nada é sério nesta politica, não é com obras que se consegue captar população, é com qualidade de vida, emprego e desenvolvimento, coisa que, diga-se de passagem Montemor não tem, é a política do endividamento para caça ao voto. Não esquecer que muitas destas obras ficam prontas em altura de Autárquicas. Bem sabemos que a grande pasta do senhor presidente da Câmara é o castelo e que isso lhe poderá custar votos.

Diz-nos também o presidente da Câmara que a nossa autarquia tem uma sólida situação financeira, no entanto refere que está a ser tratado um empréstimo com o BCE ‘just in case’, como ficamos? Estamos ou não estamos bem de finanças? Com tantas obras (muitas delas fúteis) duvido muito.

Não é com chaves em rotundas.

Cláudio